Avaliação em Elearning
I- BREVE INTRODUÇÃO
II- A EVOLUÇÃO E OS DESAFIOS DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
(Baseado no trabalho do meu grupo (Trio G)- Maria Silva 2402948| Marília Lopes 2402973 | Pâmella Santos 2402950)
Entre a Tradição e a Inovação
Pinto (2016) traçou o percurso histórico e teórico da avaliação com base em quatro gerações (Guba e Lincoln, 1989, como citados em Pinto, 2016):
A quarta, como processo social e interativo, integra diferentes atores educativos e enfatiza a avaliação como uma prática relacional, contextualizada e colaborativa.
Pinto (2016, citando Cardinet,1983) apresenta três funções principais da avaliação: formativa, certificativa e seletiva/orientadora, às quais acrescenta uma quarta, a informativa (citando Pinto, 2006). A função formativa regula o processo de ensino e aprendizagem; a certificativa atesta conhecimentos e competências; a seletiva/orientadora define trajetórias académicas e profissionais e a informativa, fornece pistas para ação pedagógica e apoio ao estudante.
Pinto (2016), articula as três dinâmicas pedagógicas de Houssaye (1993) associadas a diferentes lógicas de avaliação: no modelo “ensinar”, o foco recai sobre o professor e o conteúdo, com predominância da avaliação sumativa; no modelo “formar”, prioriza-se a relação professor-aluno, evidenciando a avaliação formativa; e no modelo “aprender”, dá-se ênfase à autonomia do aluno, implicando uma avaliação formadora. Pinto (2016) destaca que essas dinâmicas são moldadas pelas especificidades do contexto institucional e pelas culturas avaliativas dominantes, evidenciando que a avaliação não é um processo neutro ou uniforme.
Já Boud (2020) aprofunda a discussão sobre o futuro da avaliação no ensino superior evidenciando a transição de um modelo centrado na mera medição de resultados para uma abordagem orientada para a aprendizagem ao longo da vida. O autor introduz a ideia de avaliação sustentável, que envolve ativamente o estudante no processo, desenvolvendo a capacidade de autoavaliar o seu desempenho e de avaliar criticamente os percursos formativos em que está inserido, contribuindo para a melhoria contínua do seu próprio processo de aprendizagem e do sistema educativo como um todo.
Pinto ⇆ Boud
Ambos os textos convergem na defesa de uma reconfiguração profunda da avaliação, que se posiciona como um instrumento pedagógico ao serviço da aprendizagem e da equidade. Pinto (2016) destaca a diversidade e coexistência de práticas avaliativas nas instituições; Boud (2020) insiste na necessidade de envolvimento ativo dos estudantes no planeamento, condução e análise da avaliação, desenvolvendo o seu julgamento crítico e autorregulação.
A tecnologia surge como um ponto de articulação relevante. Boud (2020) realça o seu potencial para personalizar a aprendizagem e criar ambientes avaliativos mais flexíveis, autênticos e interativos. Pinto (2016), embora sem foco específico na tecnologia, permite a necessidade de adaptação dos modelos avaliativos a novas realidades educativas. Ambos valorizam o feedback eficaz e as metodologias ativas, apontando a tecnologia como um instrumento potenciador, quando alinhado com finalidades pedagógicas.
Em síntese, os dois autores propõem uma mudança de paradigma na avaliação educacional, que deve equilibrar rigor com flexibilidade, valorizar o contexto, promover a participação e assumir-se como uma ferramenta, ética inclusiva e orientada para o desenvolvimento global dos estudantes.
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III- REA: CONTRIBUTO DA TURMA
A participação ativa no fórum permitiu aprofundar as ideias centrais de Pinto (2016), Boud (2020) e outros autores, enriquecendo a minha compreensão com as experiências e questionamentos dos pares. Foi um espaço dinâmico, onde as questões que coloquei sobre rigor vs. flexibilidade, participação dos estudantes, e tecnologia educativa geraram respostas que ajudaram a pensar teoria e prática.
A ligação entre a leitura dos textos e o diálogo no fórum torna este REA verdadeiramente colaborativo: cada recurso ganhou vida numa discussão reflexiva, contribuindo para a construção coletiva de conhecimento.
🔗 Links:👇
- Texto elaborado pelo Par A - Rui Pires | Rui Rodrigues
- Texto elaborado pelo Par B – Marisa Ferreira | Rosa Gaspar
- Texto elaborado pelo Par C – Andréa Veiga | Magna Lourenço
- Texto elaborado pelo Par D – Isabella Castellani | Marta Gingeira
- Texto elaborado pelo Par E – João Silva | Rafael Moura
- Texto elaborado pelo Par F – Célia Ferreira | Pedro Vasconcelos
- Texto elaborado pelo Trio G (o meu grupo) – Maria Silva | Marília Lopes | Pâmella Santos
- Texto elaborado pelo Par J – Eduardo Santos | Maria Videira
- Texto elaborado pelo Par Djamila Baroni | Eliana Magalhães
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IV- REFLEXÃO & AUTOAVALIAÇÃO INDIVIDUAL
Durante o estudo do Tema 1, “Avaliação Pedagógica: Caminhos de mudança”, embarquei numa verdadeira jornada de transformação. Neste percurso, à medida que aprofundava Pinto (2016) e Boud (2020), comecei a perceber que a avaliação pode ser orientadora (bússola), promotora de crescimento (semente) e espaço de reflexão (espelho). Esta evolução tornou-se o fio condutor da minha aprendizagem.
Pinto (2016) desafiou a visão da avaliação como algo neutro, mostrando-me os seus aspetos históricos e culturais. Já Boud (2020) revelou-me a força de uma avaliação sustentável, centrada no aluno, na autonomia e no longo prazo. Trabalhar com o meu grupo (Trio G) permitiu entrelaçar essas perspetivas, destacando a avaliação como um instrumento pedagógico e não apenas como ferramenta de medição. O reconhecimento da professora e dos colegas sobre esta articulação deu-me segurança para continuar a explorar e aprofundar estas ideias.
As contribuições do fórum foram decisivas. Grupo C realçou a coerência da abordagem, em especial a forma como a tecnologia pode flexibilizar processos avaliativos. A Eliana trouxe uma questão essencial: como passar da teoria à prática, envolvendo ativamente os alunos? A Andréa e a Pâmella responderam com sugestões concretas (negociação de critérios, canais de comunicação e formação docente), que interiorizei como ferramentas de mudança.
Participei ativamente no fórum, apoiando-me nos textos e na minha experiência docente para levantar questões sobre rigor, flexibilidade, tecnologia e participação dos estudantes. O debate confirmou que saber formular perguntas bem fundamentadas e promover a reflexão entre pares fortalece o pensamento pedagógico coletivo.
Ao reler o meu percurso, ficou claro que desenvolvi uma visão sólida sobre avaliação: deixei para trás a avaliação puramente técnica e abracei uma perspetiva ética, formativa e humanizadora. A metacognição despertou-me para a importância de equilibrar rigor (critérios claros) e flexibilidade (adaptar à individualidade dos alunos), evidenciando que ambos são compatíveis num modelo sustentável.
Concluo este percurso sentindo-me mais preparada para atuar como professora reflexiva. Comprometo-me a implementar práticas avaliativas que respeitem a diversidade, envolvam os alunos, estejam ancoradas em critérios claros e sejam mediadas por tecnologia com propósito pedagógico. Continuarei a ser bússola, semente e espelho... para os meus alunos e para mim própria.
Foi muito interessante a realização da autoavaliação, referente à minha participação na Atividade 1, usando o formulário específico disponibilizado para o efeito, pois obrigou-me a dedicar mais um momento de reflexão sobre o tema, a dinâmica estabelecida na atividade, o meu desempenho pessoal e a minha contribuição enquanto membro do grupo.
Na minha autoavaliação, reconheço uma análise teórica profunda e uma integração crítica consistente dos textos de Pinto (2016) e Boud (2020), refletida na articulação coerente entre teoria e prática. No fórum, participei de forma ativa e sustentada, com intervenções bem fundamentadas que enriqueceram a discussão e fomentaram o diálogo coletivo. Em termos de postura reflexiva e construção metacognitiva, sinto que desenvolvi uma habilidade sólida. Sou capaz de reler, rever e aprimorar as minhas ideias. Quanto ao planeamento de ações futuras na prática docente, estabeleci compromissos claros, coerentes com os objetivos pedagógicos, mas reconheço a necessidade de evoluir para estratégias concretas e contextualizadas que possam ser eficazmente implementadas.
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Referências
Boud, D. (2020). Retos en la reforma de la evaluación en educación superior: Una mirada desde la lejanía. RELIEVE, 26(1), Art. M3.https://doi.org/10.7203/relieve.26.1.17088
Pinto, J. (2016). A avaliação em educação: Da linearidade dos usos à complexidade das práticas. In L. Amante & I. Oliveira (Coords.), Avaliação das aprendizagens: Perspetivas, contextos e práticas (pp. 3–40). Le@D, Universidade Aberta. http://hdl.handle.net/10400.26/21798
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